
Projeto de Lei 97/ 2019
Ao fornecer moradias acessíveis e de qualidade para populações de baixa renda, a habitação social atende a duas necessidades fundamentais: a redução da desigualdade e o estímulo ao desenvolvimento urbano sustentável. Moradias acessíveis não apenas oferecem um ambiente seguro e saudável para as famílias, mas também contribuem para a diminuição das favelas e assentamentos informais, aliviando a pressão sobre os recursos naturais e promovendo uma ocupação mais planejada do
espaço urbano. Além disso, a habitação social pode ser projetada com foco na eficiência energética e na sustentabilidade ambiental, ajudando a reduzir o consumo de energia, minimizar o desperdício de recursos e combater as mudanças climáticas. Ao integrar políticas de habitação social em uma agenda sustentabilista, as cidades não apenas melhoram a qualidade de vida de seus habitantes, mas também estabelecem as base para uma urbanização mais responsável e equitativa, onde todas as pessoas tenham acesso a moradias seguras e sustentáveis.
Candidaturas que defendem a habitação social constroem uma plataforma com alto potencial eleitoral. Ao focar na equidade social e no acesso à moradia digna, pessoas que serão candidatas reforçam sua imagem como defensoras da justiça social, angariando apoio de comunidades de baixa renda, mas também atraindo eleitores preocupados com a inclusão e a redução das desigualdades, consolidando o apoio de defensores dos direitos humanos e organizações sociais.
Macaé, no Rio de Janeiro, é um exemplo de como a construção de casas próprias para mulheres chefes de família pode contribuir para a redução da pobreza, promover a autonomia das mulheres e melhorar a qualidade de vida das mulheres e de suas famílias. Em 2020, o município de Macaé lançou o programa “Casas para Mulheres Chefes de Família”. O programa tem como objetivo oferecer moradia acessível a mulheres que são responsáveis pelo sustento de seus filhos. As casas são construídas em terrenos próprios, com área de 50 metros quadrados. As casas possuem dois quartos, um banheiro, uma sala e uma cozinha. O programa já beneficiou mais de 100 mulheres em Macaé.
Em 2022, foram definidas regras para que os Municípios indicarem imóveis da União desocupados para habitação social. Segundo elas, os bens imóveis da União que não estejam sendo usados podem ser oferecidos por meio de licitação realizada pelas prefeituras. A Portaria 1.683/2022 está vigente desde 1o de abril de 2022 e a Prefeitura também é responsável por selecionar e indicar as famílias beneficiárias.
• Oferecer orientação e suporte técnico para famílias de baixa renda construírem e reformarem suas próprias moradias, garantindo que o processo seja supervisionado e assistido por profissionais qualificados da área, desde que a construção não esteja em áreas protegidas ou de risco.
O Programa Integral de Melhoramento de Bairros Informais na cidade de Medellín, na Colômbia, foi um dos primeiros programas desse tipo na região. Aqui no Brasil, há vários exemplos. O governo do Estado do Rio de Janeiro de senvolveu o programa ‘Na Régua’. Em Belo Horizonte, o projeto ‘Arquitetura na Periferia’ capacita as mulheres de baixa renda da ocupação Dandara a construírem e reformarem suas próprias residências. As participantes aprendem técnicas de projeto, práticas construtivas e dicas de decoração.
O cohousing consiste em manter as casas particulares, mas com alguns espaços, como a cozinha e o ambiente de refeições, coletivos. Dessa forma, se aproxima muito a uma convivência entre aqueles que se conhecem e cuidam um dos outros. Esse modelo é cada dia mais usado pela iniciativa privada e também pode ser uma boa opção para as moradias sociais construídas pelo poder público.
Em Campinas, São Paulo, a Associação de Docentes da Unicamp (ADunicamp) compartilhou com seus membros a ideia de criar a comunidade residencial intencional Vila ConViver, voltada para pessoas com mais de 50 anos. Em 2017, eles oficializaram a Associação de Moradores da Cohousing Sênior Vila ConViver e agora como cooperativa participam ativamente de todo o processo de construção. O projeto é guiado por princípios de sustentabilidade e acessibilidade. A associação já adquiriu o terreno e desenvolveu o projeto, aguardando agora a aprovação da Prefeitura.
Projeto de Lei 97/ 2019
Projeto de Lei 138/ 2015
Projeto de Lei 6865/ 2006
Projeto de Lei 2851/ 2021
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