
Tikuna – Cartilha de educação política
Publicação tem caráter didático sobre as diferenças entre os poderes executivo e legislativo nos âmbitos federal, estadual e municipal, detalha o funcionamento das casas legislativas, “traduz” termos específicos dos parlamentos, explica como se calcula o quociente eleitoral e oferece um passo a passo sobre o desenvolvimento de propostas de campanha tendo a sustentabilidade como bandeira política.
A tradução das cartilhas em línguas indígenas tem o objetivo de incentivar o crescimento da representatividade dos povos originários no sistema político brasileiro com a participação das lideranças indígenas nos processos eletivos.
Tikuna
Os povos tikuna (ou magüta) habitam o município de Tabatinga, região do alto Rio Solimões, no Amazonas. O tikuna é uma língua tonal, considerada como geneticamente isolada, que apresenta complexidades em sua fonologia e em sua sintaxe. A língua tikuna é amplamente falada por mais de 30 mil indígenas, em uma área extensa cujas comunidades se distribuem por três países: Brasil, Peru e Colômbia. No lado brasileiro, o número de comunidades se distribui por cerca de 100 aldeias em diversos municípios do estado do Amazonas, como Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Jutaí, Fonte Boa, Tonantins e Beruri. A maior parte destas aldeias encontra-se ao longo do rio Solimões.
Tradução
Cristina é do povo magüta (tikuna). Nasceu em 1993 na comunidade indígena Belém do Solimões, na terra indígena eware 1, no município de Tabatinga (AM). Reside em Manaus desde 2015, quando ingressou no curso de Farmácia, na Faculdade Estácio Amazonas. Atualmente participa do projeto Redes de Mulheres Indígenas. É tradutora e cientista, responsável por conexões para uma educação transformadora em Ciência, do programa Amazônidas, da FAPEAM, desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).